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Sabia que decisões de projetos devem ser tomada por todos?

Esse é um dos pilares do trabalho colaborativo que, por sua vez, também é um dos pilares da Engenharia Integral.


Sendo impossível não trabalhar pensando em todos os eixos, as decisões que devem ser tomadas nos projetos requerem um olhar amplo sobre cada disciplina de projeto e ainda que fosse possível que uma pessoa apenas executasse essa tarefa, o risco baseado no viés de suas próprias ideias poderia por em risco as decisões tomadas, sob pena de se conceber uma solução ruim.


Com isso, queremos dizer que a diversidade de profissionais que integram uma equipe é um fator importante para o sucesso. Ora o projetista estrutural pode propor uma solução de instalações sanitárias. Ora o arquiteto pode propor uma solução que tem melhor processo construtivo e então otimiza o serviço do engenheiro de planejamento. Ou o inverso, por que não? E assim por diante.


Os conceitos de colaboração e cooperação, por exemplo, se opõem entre si nesse contexto. Nós gostamos da colaboração. Nesta abordagem, "co-laboramos", trabalhamos juntos e ao mesmo tempo para desenvolver soluções e, quanto mais integrados, melhores tendem a ser os resultados.


Um caso concreto para ilustrar


Um simples exemplo é uma decisão que tivemos que tomar para o projeto de um edifício comercial. De partida, a questão envolveu uma solução entre 4 disciplinas: planejamento, arquitetura, instalações hidrossanitárias e estruturas. Desconsideramos uma candidata a 5ª disciplina que, por ser um outro eixo, resolvemos não computar, uma vez que estamos focando o eixo projetos na Engenharia Integral.


No início do Estudo Preliminar, partimos pensando no que é mais comum, com instalações perfurando a laje e utilização de shafts localizados. O momento era de conceber e integrar todas as disciplinas para então compatibilizá-las em sua concepção tanto do ponto de vista da técnica quanto da viabilidade de planejamento da execução e, posteriormente, da utilização e manutenção.


Nesse cenário, a concepção evoluiu para o que facilitaria a execução da estrutura e ajudaria no tempo de obra, que no momento seria construir com soluções industrializadas (elementos pré-fabricados). Com esse pensamento, sobretudo quanto às lajes, duas opções de decisão a serem escolhidas:


  1. Adotar lajes alveolares pré-fabricadas e, com isso, precisaríamos eliminar (ou reduzir ao máximo) qualquer tipo de furação, facilitando assim o projeto e, posteriormente, a fabricação das peças nas fábricas; ou

  2. Adotar sistema de laje convencional, utilizando treliças pré-fabricadas e enchimento em EPS, tendo certa liberdade para furações, mas com processo construtivo mais convencional e lento.


Uma decisão que caberia razoavelmente ao engenheiro de estruturas? Sim, mas no contexto da colaboração, a equipe lidou com outra estratégia, associada a outro eixo da Engenharia Integral, o Negócio (esta seria a candidata a 5ª disciplina).


E isso foi decisivo.



O raciocínio gerado com vistas para o negócio foi pensar que as salas poderiam oferecer possibilidades de layouts diferentes, o que torna o produto mais atrativo para o empreendedor, que será capaz de oferecer para diversos públicos, baseado na sua mutabilidade.


A sala poderia dispor simplesmente de um lavabo, mas também poderia ser um banheiro completo. Assim então surge a ideia de buscar soluções que explorem mais a utilização de uma parede hidráulica, ao invés da solução convencional de instalações predominantemente embutidas ou abaixo da laje.


E então voltamos em como as 4 disciplinas colaboraram para a solução.


Pensando na aceleração do processo construtivo (Planejamento), os banheiros das salas teriam a parede de fundo como shaft, executado em Light Steel Frame - LSF (Arquitetura). Com isso, todas as tubulações de esgoto, gordura, ventilação e hidráulica (Instalações hidrossanitárias) teriam tráfego vertical por meio prumada de parede, ao que chamamos de parede hidráulica. Isso também inclui saídas de ralo seco e sifonado e dos aparelhos (pia e bacia sanitária).


O mercado dispõe de soluções deste tipo, portanto, não seria uma dificuldade implementá-las no desenvolvimento do projeto.

No fim, foi necessário ceder à furação da laje somente para a instalação do ralo sifonado, devido à necessidade de ter utilidade tanto como ralo de box quanto um ralo de área molhada, como uma pequena copa.


Porém, a solução se mostrou muito boa pois satisfez algumas premissas que consideramos positivas para o empreendimento:


  1. Parede hidráulica em LSF: rápida execução, montagem pode ser feita fora do local de instalação;

  2. Facilidade para o detalhamento do projeto para a fabricação e montagem das lajes, o que gera benefício e agilidade em obra;

  3. A manutenção será facilitada, uma vez que foi previsto uma porta técnica entre o forro e a laje para acesso às tubulações, evitando "quebra-quebra" de tijolos e sujeira prolongada;

  4. Garantiu uma estratégia de negócio ao empreendimento, uma vez que foi uma solução favorável à diversificação de layouts (banheiro vs. lavabo) para o locatário.


Esse é um exemplo bem pontual do poder que a colaboração dos profissionais das diferentes disciplinas tem a oferecer em benefício do empreendimento. E ele não foi o único. A partir dele podemos imaginar o quanto se pode otimizar a concepção de um projeto.


Não estranhamente o lema da ENGGESTEC é "A diversidade impulsiona a criatividade". Acreditamos na diversidade e na colaboração para alcançamos os melhores resultados.


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